à guisa de
domingo, 7 de novembro de 2010
Alvorecia
Alvorecia
brumas se dissipavam
no chão
meus pés crispavam
eu os ouvia
Alvorecia
gotas orvalhavam
minha cabeça afagavam
atenta em mim
minha voz
sem fim
eu ouvia
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Sem Fim
Nuvens Brancas
Ponto de Vista
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Ouvido
Silêncio profundo
o som olvido
do mundo
ouço a própria voz
docilidade serena
faz minha noite amena
compraz estar a sós
comigo
comungo a presença
escrevo a sentença
ouço meu som
no silêncio
que exala o adentro
de todos nós
Lais Maria Muller Moreira
todos os direitos reservados
o som olvido
do mundo
ouço a própria voz
docilidade serena
faz minha noite amena
compraz estar a sós
comigo
comungo a presença
escrevo a sentença
ouço meu som
no silêncio
que exala o adentro
de todos nós
Lais Maria Muller Moreira
todos os direitos reservados
segunda-feira, 26 de julho de 2010
No Fundo
De um passado equidistante
de uma terra tão distante
a saudade que brotou
de pudores vãos e ocultos
de amores tão incultos
do que ficou
olhos fixos na parede
como quem tem tanta sede
do que restou
candelabro sobre a mesa
acende o rastro da tristeza
do que queimou
de uma terra tão distante
a saudade que brotou
de pudores vãos e ocultos
de amores tão incultos
do que ficou
olhos fixos na parede
como quem tem tanta sede
do que restou
candelabro sobre a mesa
acende o rastro da tristeza
do que queimou
Atemporal
O tempo circunda
preenche todas as horas
sejam fúteis ou fecundas
o chegar e o ir embora
anos demarcados
como as letras o são no prelo
o anuário, o calendário
o tempo é o paralelo
os dias a vir e a sair
o que importa é o preencher
horas plenas de alegrias
sucedem as horas vazias
preenche todas as horas
sejam fúteis ou fecundas
o chegar e o ir embora
anos demarcados
como as letras o são no prelo
o anuário, o calendário
o tempo é o paralelo
os dias a vir e a sair
o que importa é o preencher
horas plenas de alegrias
sucedem as horas vazias
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